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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Casa Cratera

Desenhada por Christian Muller, essa casa fica nos Alpes Suíços e com certeza realizaria o sonho de muita gente.http://www.christian-muller.com/















Casa Caracol

A Casa Nautilus foi construída em 2006 por Arquitectura Orgánica. Pertence a um jovem casal, com duas crianças, da Cidade do México que depois de viver numa casa convencional, decidiram mudar para uma integrada com a natureza.
Assim, surgiu a ideia de criar a casa em forma de concha de caracol inabitada ligando todas as divisões num espaço aconchegado, bonito e simples.
Assemelhando-se a uma concha de nautilus, a casa foi construída usando ferrocimento, uma técnica que envolve um fio de aço-reforçado com um compósito de betão especial de 5cm de espessura, resultando numa estrutura que é à prova de tremores de terra e dispensa manutenção.
O conceito do interior da casa é dominado por superfícies suaves, escadas em espiral e plantas naturais. Enquanto que a casa é rodeada em três dos lados por edifícios da Cidade do México, o seu lado Oeste (onde estão localizadas as janelas do estilo portal) tem vista magnífica sobre as montanhas.
Quem não quer uma casa destas? Eu quero.








quinta-feira, 16 de junho de 2011

Como escolher o revestimento cerâmico

O revestimento cerâmico é o material que mais atende às diversas necessidades de cada ambiente. Podendo ser utilizado nos pisos ou paredes de ambientes residenciais ou comerciais, tanto em áreas externas como varandas, sacadas, calçadas, piscinas e fachadas, como em áreas internas: banheiros, cozinhas, áreas de serviço, salas, quartos, escritórios, halls e escadas.
Antes de escolher a cerâmica (piso, azulejo ou demais elementos decorativos cerâmicos) é importante definir qual a função do revestimento.
Como Escolher a Cerâmica
Ao escolher o material é importante respeitar algumas características do ambiente, assim como é necessário entender as características dos diferentes modelos de revestimentos para que estes se adéqüem perfeitamente ao local, sem problemas futuros.
 Aplicação na parede: a escolha do material para esta finalidade não necessita ser tão rigorosa. As paredes permitem receber os mais variados acabamentos, pois não sofrem tanto com o uso diário.
Aplicação no piso: o material para o piso deve ser escolhido conforme o local a ser colocado e a quantidade de pessoas que caminham sobre ele.
·         Área interna: com baixo, médio e alto tráfego
·         Área externa: com baixo, médio e alto tráfico
·         Ambientes residenciais
·         Ambientes comerciais
Importante
Os materiais destinados a colocação no piso também podem ser utilizados na parede, mas nunca os materiais definidos como revestimentos de parede podem ser aplicados no piso. As características dos materiais são distintas e cumprem finalidades diferentes .
Conforto Físico
·         Piso: utilizar materiais antiderrapantes nas áreas externas, para quando o piso estiver molhado não colocar em perigo quem caminha sobre ele.
·         Parede: ideal para as áreas molhadas como banheiros, lavanderia e cozinha, pois este acabamento permite a fácil limpeza do local sem que sua superfície seja danificada.
Conforto Térmico
O revestimento cerâmico é considerado um material frio, e conseqüentemente não apresenta bom isolamento térmico. A sensação de temperatura baixa ao tocar a superfície deste material pode variar conforme a composição de cada modelo, sendo assim é possível notar que algumas peças são mais ou menos frias que as outras.
Piso: ideal para as edificações localizadas em regiões quentes, pois proporciona ao ambiente a sensação e o toque frio. Já em locais de clima frio, o piso de revestimento cerâmico reforça a sensação da temperatura baixa.
Caso o objetivo é “aquecer” o ambiente opte por pisos de madeira, laminados, vinílicos, ou carpetes. Outra opção é o uso de tapetes sobre o revestimento cerâmico, pois bloqueiam o frio.
Guia Rápido para Escolher a Cerâmica
Veja abaixo uma lista resumida dos itens necessários para escolher corretamente o revestimento cerâmico:
1.    Defina: Qual é o ambiente? Interno ou externo? Receberá umidade? Parede ou piso? Tem alto tráfego?
2.    Escolha o padrão de qualidade da cerâmica (tipo A, C ou D);
3.    Defina qual o grau de impermeabilidade necessária (porcelanatos, por exemplo, são revestimentos cerâmicos de baixa absorção);
4.    Qual o Índice PEI necessário?
5.    Escolha o acabamento e a tonalidade da cerâmica;
6.    Siga algumas dicas importantes para comprar, receber e instalar o revestimento cerâmico.

Fontes: Portal Clique Arquitetura

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A influência das cores nos ambientes

A cor pode transformar, animar e modificar um ambiente. Todos nós reagimos à cor, e atualmente, é possível levá-la a todas as áreas da vida pelo uso de materias, tecidos e tintas. O uso de uma ou várias cores no ambiente pode alterar a comunicação, as atitudes e a aparência das pessoas presentes; a cor pode acalmar, reduzir o estresse e a violência ou aumentar a vitalidade e a energia. Pesquisas demonstram que quando uma pessoa vê uma cor da qual gosta, todo seu sistema orgânico fica relaxado. Ela muda o seu modo de ver as coisas e torna-se mais otimista - vendo a vida de modo diferente. 

Veja abaixo como cada cor pode contribuir para cada ambiente.

Vermelho

É uma cor que tem bastante energia. Faz a pessoa se sentir intrépida, ousada, poderosa, corajosa. 
Todos nós precisamos de um pouco de vermelho em nossa aura para motivar-nos. Seus tons e matizes sugerem muitas características. Desde a determinação e vontade de cuidar dos outros à insensibilidade, violência e egoísmo. Quando esta cor é usada com equilíbrio, seu efeito é muito positivo. Para isso, devemos usar o verde, o amarelo-dourado que significa sabedoria ou o azul, que vai esfriar um pouco o vermelho. Locais como teatros, restaurantes, bares e cassinos podem ser deliberadamente decorados com vermelho, pois esta cor estimula o apetite e nos faz perder a noção do tempo.

Tons de Rosa

Mistura de branco com o vermelho. Tons rosados proporcionam calor, afeto e podem ser relaxantes. Os tons róseos mais quentes têm efeito positivo, pois tornam as pessoas mais ativas e desejosas de progresso. Ideal para serem colocados em casas ou asilos de pessoas idosas, pois não vão permitr que essas pessoas fiquem apáticas ou percam o interesse pela vida, ao contrário, vão causar uma mudança de personalidade onde essas ficaram mais ativas e vigorosas.

Laranja

Ajuda a pessoa a despertar seu potencial, defender seu próprio ponto de vista e ser mais confiante. Os tons mais pálidos desta cor estimulam a comunicação das pessoas, bem como a descoberta e o desenvolvimento da criatividade. É uma cor de grande vitalidade e pode ser usada em lanchonetes, restaurantes, etc. O laranja-escuro deve ser usado com moderação, pois pode causar uma sensação de desamparo e insegurança. O laranja-claro proporciona uma sensação de conforto, alegria e expressividade. Todos os artistas criadores deveriam usar esta cor, principalmente acompanhada do azul.

Amarelo

Também uma cor de grande energia, pois é associada com a luz do Sol. É quente, expansiva, ativa a mente a abrir para novas idéias. Ajuda na aprendizagem, pois afeta o plexo solar (núcleo do sistema nervoso central que é um dos principais centros provedores de informação do cérebro). Essa cor alimenta o ego, mas em demasia pode tornar a pessoa "egocêntrica". O amarelo e o branco juntos devem ser usados com parcimônia, pois podem causar uma sensação de insegurança e instabilidade. Devemos usar com moderação os tons de amarelo-escuro, como o mostarda, pois em demasia podem exercer um efeito negativo como pessimismo e negatividade. Pode ser usado em halls, corredores e lugares onde têm pouca luz, pois dá uma sensação do espaço. Esta cor é associada com o intelecto, as idéias e a inquirição mental.

Verde

É a cor do equilíbrio e da harmonia. Ajuda a reduzir o estresse e a tensão, pois é um meio de baixar a pressão arterial. É uma cor que está associada com a auto-estima e nos ajuda a fluir com os acontecimentos, dando uma sensação de liberdade e fluidez. É relaxante e repousante, mas não deve ser usada sozinha, pois pode deixar o ambiente estático. O verde-escuro proporciona uma sensação de força e estabilidade. O verde-claro é ótimo para crianças, que geralmente o adora. Ele afeta a área do coração e nos ajuda a ser mais afetuosos. O verde-maçã indica uma casa onde se dá importância 'às crianças, 'à família e aos animais. Pode indicar também pessoa que tende a acumular posses e não jogar nada fora. O verde usado com cores mais claras irradia uma energia de relaxamento e paz. É uma cor que está ligada 'à auto-estima.

Azul

O azul é uma cor terapêutica, que relaxa, acalma e esfria. Pode ser associdado à lealdade, integridade, respeito, responsabilidade e autoridade. Mas usado em demasia, pode deixar o ambiente frio, pode fazer com que a pessoa fique indiferente, retraída e com sono. O índigo pode trazer à tona velhos medos, portanto deve ser usado com o rosa. O azul-escuro e profundo é uma cor que remete a integridade e honestidade. As pessoas que se entregam à mentira e são desleais não costumam se sentir bem em um ambiente com esta cor, pois ela tende a fazê-las se sentir culpadas. Ele pode ser usado com amarelo para ativar a mente e a intuição, com o vermelho para manifestar as emoções, com o rosa para trazer à tona o lado afetuoso e com o pêssego para estimular a criatividade.

Violeta

Ou as pessoas odeiam ou elas amam... Essa cor tem uma vibração muito rápida e estimula o lado artístico. Ela é associada a ideais nobres, como devoçãoo e lealdade. Quando usado com o amarelo estimula a instrospecção para encontrar nosso eu. Quando usado com o verdeestimula a generosidade e caridade. De todas as cores, a violeta é a mais poderosa, afeta muito as pessoas, portanto devemos usá-la com critério. Violeta-claro não deve ser usado sozinho, pois pode causar um desinteresse da pessoa pelo mundo.

Púrpura

Ativa as emoções básicas e, para não causar desequilíbrio, deve ser usada com o verde.

Magenta

Cor muito animadora. É viva e dramática e estimula as pessoas a tomarem decisões. Deve ser usada, pelo menos nos detalhes, em empreendimentos comerciais. Grande harmonia quando usada com o verde.

Turquesa

É uma cor extremamente repousante e relaxante, mas deve ser usada sempre acompanhada de uma cor quente. Na cromoterapia, é usada como meio de acalmar o sistema nervoso.

Marrom

Cor que nos proporciona a sensação de que tudo é permanente, sólido e seguro. É a cor da estabilidade quando usada no seu estado natural, tal qual nos móveis, etc. Transmite uma energia positiva.

Cinza

Embora muitos digam que é uma cor de neutralidade, seu efeito não passa desapercebido. É uma cor associada ao medo e negatividade, portanto devemos usar seus tons mais claros e sempre acompanhados com cores quentes.

Branco

Realça todas as cores. Pode fazer com que elas ganhem luminosidade e vida. Um ambiente todo branco pode dar a sensaçãoo de falta de força e profundidade.

Preto

É imponente, mas só quando usado com outra cor. Do contrário, pode nos deixar indiferentes, inacessíveis e prepotentes ao extremo.

AS CORES NOS AMBIENTES

No momento em que vamos fazer a escolha das cores para os ambientes, podemos usar um esquema específico baseado nas pessoas que vão viver neles e em como eles serão utilizados.

Podemos questionar:

Que tipo de atividade será realizada no espaço?

Quanta luz ele recebe?

Você quer basicamente um ambiente quente ou frio nesta área?

Você está diante de um ambiente vivo e estimulante, ou calmo e tranq�ilo?

O teto é alto ou incomumente baixo?

Você quer ampliar o tamanho deste aposento ou fazer com que ele pareça menor?

Ele é estreito e longo, ou largo e curto?

Banheiros

Devemos evitar o preto, exceto ser em pequenos detalhes. Se optarmos por cores escuras, podemos colocar plantas para amenizar e dar vida.

Rosa ou Pêssego: é muito relaxante e traz muito calor ao ambiente.

Amarelo: é a cor da criatividade, inspira novas idéias quando entramos na água.

Azul:  muito relaxante em tons avermelhados e esverdeados, porém em tons acinzentados pode despertar introspecção e até tristeza.

Cozinha

É um dos lugares mais importantes da casa. É onde a família se reúne para comer, conversar, relaxar, por isso devemos fazer dela um ambiente que propicie descontração e convívio.

Rosa e Pêssego: estimula o afeto e a comunicação dos membros da família.

Pêssego, Laranja e Damasco: ativam a criatividade e o interesse em servir melhor e faz aumentar o interesse pela casa.

Vermelho: é altamente emocional e estimula tanto sentimentos positivos quanto negativos, portanto devemos usá-lo com cautela, ou seja, de acordo com a personalidade dos moradores.

Azul: por ser uma cor fria, pode causar certo distanciamento.

Amarelo-forte: estimula refeições rápidas e a falar muito enquanto comemos. Pode ser estressante.

Hall

Quando entramos numa casa, o hall é o primeiro lugar por onde passamos, nos dá as boas vindas e transmite um pouco dos modos de vida dos donos da casa. A cor é uma linguagem que faz afirmações a nosso respeito, portanto devemos usar uma cor que irradie energia de acordo com os moradores.

Amarelo: associado ao intelecto e inquisição mental.

Verde-maçâ: família, crianças.

Rosa: calor, afeto.

Azul: independência, auto-suficiência.

Vermelho: pioneirismo, ousadia, pessoa que gosta de ser notada.

Quarto

A cor a ser escolhida deve ser fria e relaxante, para descansar antes de dormir. Uma tonalidade mais fria "esfria" imediatamente a atividade nas células do cérebro, ajudando a reduzir a atividade incessante da mente. Quando dormimos absorvemos energia mais rapidamente, de maneira que as cores escolhidas para o quarto nos afeta profundamente.

Azul-hortência: acalma as emoções e ajuda a relaxar e vai bem com o pêssego, salmão e rosa.
Amarelo: estimula o pensamento, o raciocínio e a comunicação, portanto é mais indicado para ambientes sociais.

Verde-pálido: ajuda a equilibrar o ambiente e tem função antiestresse, combinado a uma cor quente dará ótimos resultados.

Quarto Infantil

No quarto das crianças podemos abusar de tons pastéis  e usar cores mais fortes e desenhos variados em meia parede ou nos armários. Até a criança completar 18 meses, devemos evitar as cores muito fortes, pois podem deixar o bebê muito agitado. Neste período, é aconselhado usar tons claros de rosa e azul. O teto pintado de azul claro ajudaria a criança a ter um sono repousante.

Sala de Estar

A sala de estar deve ter vários padrões diferentes. Como é um lugar onde se recebe visitas, deve ter vários estímulos visuais para manter a atmosfera e a conversa viva e diversificada. Pode-se usar o amarelo, laranja, vermeho com o verde e azul como complemento.

Sala de Jantar

Neste ambiente podemos criar atmosferas diferentes com o uso das cores.Amarelo: estimula o ego, as pessoas tenderão a dizer mais o que pensam, provoca conversas estimulantes. Azul: propicia conversas mais sérias, sóbrias, sobre negócios. Vermelho: proporciona uma sensação de intimidade e a conversa será mais pessoal.

Espaços Altos

Dica: para rebaixar a altura do pé direito, pinte o teto da mesma cor das paredes ou um tom mais escuro para um rebaixamento maior.

Espaços Baixos

Dica: para aumentar a altura do pé direito, pinte o teto com uma cor mais clara que as paredes ou branco.

Espaços Estreitos

Dica: para que o ambiente pareça mais amplo, utilize uma cor pastel ou brilhante nas paredes e teto.Ao pintar uma das paredes menores com um tom mais escuro o ambiente parecerá menos estreito.

Espaços em "L"

Dica: para estes ambientes, pode-se delimitá-los visualmente utilizando cores contrastantes em uma das paredes.

Espaços Amplos

Dica: para reduzir ambientes amplos, recomenda-se pintar o ambiente todo ou duas paredes (uma de frente para a outra) com um tom mais escuro.Uma outra possibilidade é rebaixar o pé direito com a utilização de uma cor mais escura que as paredes.

Casa Cor São Paulo 2011

Mostra Casa Cor São Paulo
De 24 de maio a 12 de julho de 2011, no Jockey Club de São Paulo, av. Lineu de Paula Machado, 1075, de terça a sábado, das 12h às 21h30. Domingo, das 12h às 20h. Ingressos: 37 reais (de terça a sexta) e 41 reais (sábado, domingos e feriados). 
Quem for a Casa Cor vai ver tendências novas de cores, texturas e materiais. Destaque para alguns ambientes que ficaram show:

Casa do chá - Daniela G. Francfort, arquiteta e urbanista



Espaço inovação - Gorios Neto, arquiteto



Casa Contêiner – Brunete Fraccaroli, arquiteta.



Banheiro público masculino - Syrlene Del Paulicchi, designer de interiores


Visite a mostra para ver os outros ambientes.

Os cuidados com o desempenho acústico em edifícios

"A recente Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios (ABNT NBR 15.575) introduz de forma inovadora e pela primeira vez no arcabouço normativo do nosso país o conceito de desempenho de edifícios. A norma passará a ser exigida em março de 2012 e foi feita com base nas diretrizes da ISO 6241, uma norma internacional feita pela ISO (International Standardization Organization), que padronizou a tradução técnica das necessidades humanas em requisitos de desempenho objetivos, entre eles o estrutural, térmico, acústico e lumínico.

Atender as necessidades humanas é tarefa complexa, até porque elas variam em determinados contextos e têm se mostrado crescentes e variáveis ao longo do tempo. O conceito de desempenho em edificações tem sempre um caráter sistêmico e probabilístico, ou seja, sempre atendemos uma parte da população numa parte do tempo (sensação de conforto térmico num ambiente, por exemplo).


A Norma de Desempenho estabeleceu requisitos obrigatórios para alguns sistemas das edificações, como as paredes e coberturas. Dentro da lógica do desempenho, não importa se a estrutura de um edifício é feita de concreto, aço, ou qualquer outro material, mas sim se atende aos níveis de desempenho definidos em projeto e sempre ao longo de uma vida útil. O tema é abrangente e cada requisito envolve uma especialidade de engenharia e de outras ciências, com suas peculiaridades técnicas. Um deles, o mais debatido de todos até este momento, é o desempenho acústico.

Pesquisas de satisfação pós-ocupação feitas por diversas incorporadoras e construtoras na cidade de São Paulo mostram claramente que uma das maiores reclamações feitas por usuários de imóveis é o desconforto causado pela geração de ruídos proveniente da área externa ao edifício, dos vizinhos, de equipamentos do próprio edifício e até mesmo entre ambientes internos de um mesmo apartamento. A publicação da Norma de Desempenho trouxe o tema definitivamente para a discussão, mas existem vários fatores que contribuíram para que a percepção auditiva das pessoas aumentasse bastante com o tempo.

A poluição sonora nas cidades aumentou nos últimos 20 anos com o crescente incremento da população, dos automóveis e das atividades humanas que geram ruídos, como construções, casas noturnas e passeatas. Para melhorar o trânsito na cidade de São Paulo, por exemplo, foi promulgada uma lei municipal há dois anos que impõe que as entregas de materiais para obras em construção sejam feitas entre 21 e 5 horas, o que potencializa o aumento de ruídos justamente no momento em que as pessoas mais necessitam de silêncio: durante o sono.

O consumidor também percebeu que o desempenho acústico de um imóvel depende das soluções de engenharia e arquitetura adotadas no projeto e na construção. Embora existam fatores que não dependem da engenharia e que afetam o desempenho acústico, como o próprio hábito dos consumidores, está cada vez mais clara a responsabilidade dos incorporadores e construtores neste processo.

Informações sobre a legislação brasileira referente ao desempenho acústico de edifícios já chegaram ao consumidor. Além da NBR 15575, existem outras duas normas técnicas brasileiras vigentes, a NBR 10151 e NBR 10152, que tratam dos ruídos máximos admissíveis em ambientes internos e externos às edificações respectivamente. Com o advento do Código de Defesa do Consumidor, as normas técnicas, embora não sejam leis, passaram a ter um caráter obrigatório e o seu não cumprimento pode ser cobrado judicialmente.

Nas cidades, cada vez mais são criadas Leis e Portarias que tentam controlar o nível de ruído nas cidades, como a lei conhecida como “PSIU” em São Paulo. Hoje também existem outros instrumentos que amplificam a voz do consumidor, como sites de reclamação, redes sociais, entidades de defesa de consumidor, e-groups etc, que se somam aos cada vez maiores espaços cedidos pela imprensa em seus veículos.

Com o desenvolvimento tecnológico da indústria da construção, os materiais aumentaram a sua resistência e as estruturas se tornaram mais esbeltas (lajes com espessuras menores, por exemplo), o que não gerou nenhum problema de estabilidade para os edifícios, mas aumentou o ruído em alguns casos. O desafio agora é buscar um ponto de equilíbrio entre as duas variáveis.

Por todas essas razões, o assunto veio para ficar e já entrou na agenda das empresas incorporadoras, construtoras e nos projetistas."

autor: Carlos Alberto de Moraes Borges, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Secovi-SP

Fonte: Secovi

Arquitetura Sustentável - O que é um projeto sustentável?

A primeira definição de desenvolvimento sustentável foi cunhada pelo Brundtland Report, em 1987, afirmando que desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras.
Nas décadas seguintes, grandes conferências mundiais foram realizadas, como a Rio’92, no Rio de Janeiro, em 1992, e a Rio+10, em Johannesburgo, em 2002. Nessas reuniões, protocolos internacionais foram firmados a fim de rever as metas e elaborar mecanismos para o desenvolvimento sustentável. O desafio global de melhorar o nível de consumo da população mais pobre e diminuir a pegada ecológica e o impacto ambiental dos assentamentos humanos no planeta foi o grande tema em debate.
No final da década de 1980 e início da década de 1990, as questões de sustentabilidade chegaram à agenda da arquitetura e do urbanismo de forma incisiva, trazendo novos paradigmas.

Hoje os edifícios são os principais responsáveis pelos impactos causados à natureza, pois consomem mais da metade de toda a energia usada nos países desenvolvidos e produzem mais da metade de todos os gases que vem modificando o clima.
O projeto de arquitetura sustentável contesta a idéia do edifício como obra de arte e o compreende como parte do habitat vivo, estreitamente ligado ao sítio, à sociedade, ao clima, a região e ao planeta. Se comprometem a difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, sem, contudo, ser inviável economicamente.
A elaboração de um projeto de arquitetura na busca por uma maior sustentabilidade deve considerar todo o ciclo de vida da edificação, incluindo seu uso, manutenção e sua reciclagem ou demolição. O caminho para a sustentabilidade não é único e muito menos possui receitas, e sim depende do conhecimento e da criatividade de cada parte envolvida.

Alguns princípios básicos devem nortear o projeto:
  • Avaliação do impacto sobre o meio em toda e qualquer decisão, buscando evitar danos ao meio ambiente, considerando o ar, a água, o solo, a flora, a fauna e o ecossistema;
  • Implantação e análise do entorno;
  • Seleção de materiais atóxicos, recicláveis e reutilizáveis;
  • Minimização e redução de resíduos;
  • Valorização da inteligência nas edificações para otimizar o uso;
  • Promoção da eficiência energética com ênfase em fontes alternativas;
  • Redução do consumo de água;
  • Promoção da qualidade ambiental interna;
  • Uso de arquitetura bioclimática.
 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Financiamento: Minha casa minha vida



A realização de um financiamento habitacional é uma forma das pessoas realizarem o sonho de adquirirem a tão desejada casa própria, por isso o governo federal para incentivar a construção de novas moradias e reduzir o déficit habitacional, disponibilizou um crédito para a aquisição de uma moradia digna, o programa minha casa minha vida.
Para a realização deste sonho há necessidade de entregar uma quantidade de documentos para que seja feita avaliação financeira e documental da real situação que o comprador e vendedor se encontram. A relação de documentos está descrita a seguir:
Do(s) Proponente(s): (original e cópia)
  1. Prova de estado civil:
  • Solteiro(a): Certidão de nascimento atualizada;
  • Casado(a): Certidão de casamento;
  • Divorciado(a)/separado(a): Certidão de casamento averbada;
  1. Carteira de identidade
  2. CPF
  3. Comprovante de renda: os 3 últimos holerites
  4. Carteira de trabalho
  • Identificação – frente e verso;
  • Contratos de trabalho;
  • Opção pelo FGTS;
  1. Comprovante de residência atualizado
  2. Declaração de imposto de renda atual
  3. Último comprovante de pagamento de água, luz, telefone, etc…
  4. Extrato dos 3 últimos meses de contas em outros bancos
  5. Pagamento da tarifa
Do(s) vendedore(s) – Casal, se for o caso (original e cópia)
  1. Prova de estado civil
  2. Carteira de identidade
  3. CPF
  4. Comprovante de residência
  5. Conta na caixa
Do imóvel
  1. Opção de compra e venda: Modelo da caixa econômica federal
  2. Matrícula do imóvel contendo: registro atual, ações reais e pessoais reipersecutórias)
  3. Certidão de logradouro: prefeitura
Da obra
  1. Projeto completo (aprovado)
  2. Alvará de construção
  3. ART (arquitetônico, execução e complementares)
  4. Matricula da obra no INSS: para obras acima de 69,99 m²
  5. Cronograma físico financeiro: modelo da caixa
  6. Memorial descritivo e especificações técnicas: modelo da caixa
  7. Orçamento discriminativo: modelo da caixa
  8. Declaração de esgoto e elétrica
Do construtor/responsável técnico (engenheiro civil ou arquiteto)
  1. Comprovante de estado civil
  2. Carteira de identidade (original e cópia)
  3. CPF (original e cópia)
  4. Carteira do CREA (original e cópia)
A análise realizada com as documentações do comprador se torna essencial para saber a quantia financiável de forma a avaliar se está apta a realizar o financiamento no programa minha casa minha vida.
Os processos de aquisição de terreno e construção, atualmente são considerados os mais demorados, pois o prazo médio de contemplação do financiamento é de quatro meses dependendo da cidade. Isto acontece pela necessidade de avaliação do terreno a ser executado feito pelos engenheiros da caixa, que com a grande demanda, não conseguem suprir o grande número de processos.
Após a avaliação e aval da caixa é que o proponente poderá dar entrada no projeto arquitetônico, que será avaliado e autorizado pela prefeitura municipal de sua localidade. O comprador deverá estar ciente do pagamento de eventuais taxas de registro de terrenos e averbações na matrícula que são exigência para o financiamento habitacional.
No geral todo o financiamento é burocrático e demanda muito tempo para ser contemplado, mas para as pessoas que necessitam é uma excelente forma de conquistar o sonho da casa própria.

Quem é quem na construção

QUEM É QUEM NA CONSTRUÇÃO?

Cada vez mais, a cesta básica de mão-de-obra fica menos básica. Construir só com alguns pedreiros e serventes? Nem pensar! Pode incluir na sua lista, além do arquiteto e do engenheiro, encarregado, encanador, eletricista, carpinteiro, armador... Sem contar os profissionais especializados que, mais e mais, frequentam a etapa de acabamentos. Há dois motivos para essa especialização: a exigência de qualidade dos serviços e o aprimoramento de
produtos e materiais. É aí que aparecem os azulejistas, marmoristas, gesseiros e, até mesmo, pintores - não esqueça as pinturas especiais. E saiba que, só com a mão-de-obra, você gastará entre 40% e 50% do custo da construção. Por isso, é bom conhecer muito bem a função de cada profissional e o momento em que ele entra na obra.


ARQUITETO
O que faz: cria o projeto e aprova as plantas na prefeitura. Além disso, fiscaliza a obra, junto com o engenheiro, para ver se está sendo executada conforme o planejado.
Quando atua: é o primeiro profissional a ser procurado pelo cliente e deve acompanhá-lo até o final da obra.


ENGENHEIRO
O que faz: cuida da execução dos projetos – estrutural, arquitetônico, elétrico e hidráulico. Orienta o mestre-de-obras, ou o encarregado, a respeito de questões técnicas e de acabamentos.
Quando atua: desde as fundações até a conclusão da obra.


MESTRE DE OBRAS
O que faz: é o intermediário entre o engenheiro e os funcionários. Conhece todas as etapas da obra e confere a execução de cada serviço.
Quando atua: desde as fundações até a conclusão da obra.


ENCARREGADO
O que faz: é um mestre menos qualificado também conhece todas as etapas da obra e coordena o serviço dos demais funcionários. Trabalha sob as ordens do mestre-de-obras ou, na ausência deste, do engenheiro.
Quando atua: desde as fundações até a conclusão da obra.


PEDREIRO
O que faz: serviços de alvenaria, revestimentos de paredes e de pisos e acabamentos em geral.
Quando atua: desde a montagem do canteiro de obra até os acabamentos.


SERVENTE
O que faz: auxilia todos os profissionais da obra. Transporta materiais, prepara argamassa para revestimentos, limpa o canteiro.
Quando atua: do início ao fim da obra.


CARPINTEIRO
O que faz: os andaimes e as formas estruturais para vigas e pilares. Em alguns casos, faz o telhado.
Quando atua: desde a montagem do canteiro de obra, fazendo o barracão e os tapumes, até a conclusão da estrutura. Pode também cuidar do telhado.


ARMADOR
O que faz: é o ferreiro, operário que corta, dobra e monta os ferros estruturais.
Quando atua: desde as fundações até a conclusão das lajes.
O proprietário poderá optar por comprar as ferragens já prontas (serviço de corte e dobra), isto só é possível com um projeto estrutural. A vantagem está na rapidez da obra, redução dos desperdícios de barras de ferro e qualidade da peça, é um processo cada vez mais utilizado na construção.


ELETRICISTA
O que faz: realiza a ligação elétrica para a construção, coloca os conduítes, passa a fiação e instala tomadas e os interruptores.
Quando atua: sua primeira participação é no canteiro de obras. Retorna ao trabalho durante a execução das lajes, para embutir as tubulações. Reaparece quando são erguidas as paredes, para colocar conduítes, tomadas e interruptores.


AUXILIAR DE ELETRICISTA
O que faz: corta conduítes, rasga a parede e ajuda a passar fios.

ENCANADOR
O que faz: instala os canos para a ligação de água e esgoto; coloca peças sanitárias, pias, tanques e torneiras.
Quando atua: como o eletricista, chega à obra durante a instalação do canteiro, para fazer o ponto de água. Depois, quando estão sendo executadas as lajes, ele coloca as tubulações. Retorna na fase de acabamentos para instalar as peças.


AUXILIAR DE ENCANADOR
O que faz: corta canos e rasga a parede para passar a tubulação.

PROFISSIONAIS DE ACABAMENTO
Marceneiro: faz os serviços mais refinados de madeira, como os armários, além de instalar portas, janelas, assoalhos e lambris.
Ceramista: coloca piso cerâmico.
Serralheiro: faz portões, grades e esquadrias metálicas.
Vidraceiro: executa e instala esquadrias em vidros temperado, além de coberturas envidraçadas e espelhos. .
Gesseiro: realiza trabalhos com gesso sancas, roda-tetos, forros rebaixados.
Azulejista: coloca azulejos.
Pintor: emassa e pinta as paredes.
Marmorista: assenta e dá acabamento ao mármore.

*Lembre-se: o arquiteto é a pessoa mais indicada para recomendar mão de obra qualificada.
Fonte: Revista Arquitetura e Construção - Maio/97